terça-feira, 29 de janeiro de 2013

No âmbito da disciplina de Português, lecionada pela docente Sílvia Antunes, os alunos do 12º A, elaboraram um trabalho sobre um dos mais importantes escritores portugueses, Luís Vaz de Camões. Aqui deixamos o registo do trabalho realizado.



Quem foi Camões?


      Luís de Camões nasceu provavelmente em Lisboa ou Coimbra por volta de 1524 ou 1525 e pertencia a uma família da pequena nobreza, de origem galega.
Foi o criador da linguagem clássica portuguesa, ele tem várias obras que o coloca à altura dos grandes poetas do mundo, a mais conhecida é Os Lusíadas.
     Ele tinha um estilo de vida boémio, frequentava a corte, viajou para o Oriente, esteve preso, passou por um naufrágio, foi também processado e terminou em miséria (nos seus últimos anos de vida viveu em completa pobreza), acabando por morrer em Lisboa no ano de 1580.


O que escreveu?


           A bagagem literária deixada pelo escritor é de inestimável valor literário. Ele escreveu poesias líricas e épicas, peças teatrais que são verdadeiras obras de arte.
        Camões elegeu a forma de soneto para a maioria das suas poesias, que são poemas de forma fixa compostos por 14 versos que se dividem em 2 estrofes de 4 versos (quadras) e 2 estrofes de 3 versos (tercetos).
        Criador da linguagem clássica portuguesa, Camões teve o seu reconhecimento e prestígio cada vez mais elevados a partir do século XVI. Atualmente, os seus livros traduzidos diversos idiomas (espanhol, inglês, francês, italiano ou alemão) vendem milhares de exemplares. Seus versos continuam vivos em diversos filmes, músicas e roteiros.

          Um dos sonetos que mais nos agradou estudar no módulo 2 foi Amor é fogo que arde sem se ver (musicado pelo grupo musical Polo Norte):

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?




Os Lusíadas

         Os Lusíadas, grande poema épico de Luís de Camões, provavelmente foi concluído em 1556 e foi publicado pela primeira vez em 1572 no período literário do classicismo, três anos após o regresso do autor do Oriente.
        Durante o Renascimento em Portugal, os escritores buscavam sua inspiração na cultura da Antiguidade greco-latina. Assim, Camões foi influenciado por outras epopeias: a Eneida de Virgílio (que narra a fundação de Roma e outros feitos heróicos de Eneias), ou a Odisseia, de Homero, (que conta as aventuras do astucioso Ulisses). Uma das características da epopeia é a narração de episódios históricos ou lendários de heróis que possuem qualidade superior. 
       Os Lusíadas estão divididos em dez cantos subdivididos em 1102 estrofes de oito versos, sujeitas ao esquema rítmico fixo (ABABABCC).

        A acção central de Os Lusíadas é a descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama, à  volta da qual se vão descrevendo outros episódios da História de Portugal, glorificando o povo português.


Além destas obras, Camões também escreveu peças de teatro (1587 - El-Rei Seleuco; 1587 - Auto de Filodemo; 1587 – Anfitriões). 

Webgrafia
http://www.e-biografias.net/luis_camoes/

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